segunda-feira, 14 de outubro de 2013

quarta-feira, 31 de julho de 2013

sábado, 3 de janeiro de 2009

Nasceu em Lobelhe do Mato, Mangualde, em 17 de Julho de 1915, onde iniciou, ainda criança, os estudos musicais com seu pai, Maestro da Filarmónica local. As suas músicas jamais deixariam de ecoar na sua aldeia.

Admitido na Banda Regimental de Viseu em 1935, entretanto extinta, e transferido para Lisboa em 1938, ingressou no ano seguinte, como primeiro Oboé, na Orquestra Filarmónica de Lisboa e posteriormente no Quinteto Nacional de Sopro da Emissora Nacional e na Orquestra do Teatro Nacional de São Carlos, desempenhando cumulativamente idênticas funções no Batalhão de Caçadores 5, onde foi louvado, e na Guarda Nacional Republicana, onde também foi distinguido com dois louvores e condecorado com a medalha de ouro.

A par dos seus estudos no Conservatório Nacional, onde teve como Professores, entre outros, Abílio da Conceição Meireles no Oboé e Jorge Croner de Vasconcelos no Curso Superior de Composição, concluía o Curso Complementar dos Liceus no momento em que lhe era atribuída, em concurso de provas públicas, uma bolsa de estudos para aperfeiçoamento artístico no estrangeiro. Prosseguir a sua carreira artística ou iniciar o Curso de Medicina, optou pela Música apoiado pelo Comando-Geral da Guarda Nacional Republicana, proporcionando-se-lhe o ensejo de continuar a trabalhar com os mais afamados Mestres, tais como: Mirtyl Morel, Pierre Bajeux e Pierre Pierlot em Oboé; Fernand Oubradous em Música de Câmara; Noël Gallon em Fuga; Tony Aubin e Alexander Tcherepnine em Composição; Jean Fourestier, Hans Munch e Alexander Von Pitamic em Direcção de Orquestra, e Kurt Prestel em Direcção Coral.

Bolseiro do Instituto de Alta Cultura, da Fundação Calouste Gulbenkian e do Estado Francês, diplomado em Oboé e em Composição pelo Conservatório Nacional e em Oboé, Música de Câmara, Fuga, Composição e Direcção de Orquestra pelo Conservatoire National de Musique de Paris, também cursou Direcção de Orquestra e Direcção Coral nos Cursos Internacionais de Férias da Costa do Sol e Oboé, Composição e Direcção de Orquestra na Académie Internationale d' Été de Nice.

Em Paris, aperfeiçoou o mecanismo do Oboé com o "demi-trou automatique" (meio orifício automático), cuja patente de invenção lhe foi outorgada.

Professor no Conservatório Nacional desde 1954 até à sua jubilação em 1985 - os seus alunos ocupam lugares cimeiros na vida musical portuguesa -, apresentou-se como Concertista, nomeadamente no Teatro Nacional de São Carlos interpretando Autores como Wolfgang Amadeus Mozart e Richard Strauss, e como Director de Orquestra e Compositor à frente da Orquestra Sinfónica da Radiodifusão Portuguesa.

De entre as suas obras, destacam-se: "Concertino" para Oboé e Orquestra; "Concertino" para Clarinete e Orquestra; "Quinteto" para Flauta, Oboé, Clarinete, Trompa e Fagote; Versão do mesmo Quinteto para Orquestra Sinfónica; "Canção da Serra", tema variado (Composição dedicada à sua terra natal); "Quadras ao Gosto Popular" (Letra de Fernando Pessoa); "Fátima", Poema Sinfónico, e "Lusitânia", Marcha Militar. Também é autor do Hino de Lobelhe do Mato (letra e música) e do Hino Mangualde Linda Cidade (letra e música).

Casou com Maria Suzete Gonçalves Jacob dos Santos Pinto em 4 de Outubro de 1941 e enviuvou em 28 de Janeiro de 2013. Após setenta e um anos de feliz matrimónio, a sua Zeta continua a ser o seu Anjo Protector. É pai de Alda Maria Jacob dos Santos Pinto de Bordelo Ruivo, funcionária aposentada da Segurança Social, e de Maria Olímpia Jacob dos Santos Pinto da Silva Almeida, pintora, professora aposentada de Educação Visual.

Doou parte do seu património artístico à Câmara Municipal de Mangualde e à Sociedade Filarmónica Lobelhense.